11 fevereiro 2006

VI Domingo - as multidões



Mac 1,45 Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o
sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava
fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele .

Jesus cumpria,rigorosamente,o seu programa de acção que havia publicitado na pequena sinagoga de Nazaré,no início da sua vida pública.
18. O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para
anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, 19. para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor.Lucas 4

De uma maneira modesta,sem alarde,recolhidamente curava sem que houvesse anúncio prévio ou chamada de atenção.

Mais do que sinal do Seu poder as curas realizadas eram manifestação da sua misericórdia.Tinha compaixão deles - está escrito.

Ao longo destes relatos de Marcos vimos as multidões acorrerem sequiosas das palavras de Jesus,do seu afecto,da maneira de os libertar do que os oprimia e descriminava.

Mc 2,2 - Reuniu-se uma tal multidão,
que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta. E ele os instruía. Mc
2,4 - Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto
por cima do lugar onde Jesus se achava e, por uma abertura, desceram o leito em
que jazia o paralítico. Mc 2,12 - No mesmo instante, ele se levantou e, tomando
o leito, foi-se embora à vista de todos. A multidão inteira encheu-se de
profunda admiração e puseram-se a louvar a Deus, dizendo: Nunca vimos coisa
semelhante. Mc 2,13 - Jesus saiu de novo para perto do mar e toda a multidão foi
ter com ele, e ele os ensinava. Mc 3,7 - Jesus retirou-se com os seus discípulos
para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galiléia. Mc 3,8 - E da
Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de
Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia. Mc 3,9 - Ele
ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não
o comprimisse. Mc 3,32 - Ora, a multidão estava sentada ao redor dele; e
disseram-lhe: Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram. Mc 3,34 - E,
correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse: Eis
aqui minha mãe e meus irmãos. Mc 4,1 - Jesus pôs-se novamente a ensinar, à beira
do mar, e aglomerou-se junto dele tão grande multidão, que ele teve de entrar
numa barca, no mar, e toda a multidão ficou em terra na praia. Mc 5,21 - Tendo
Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande
multidão. Ele se achava à beira do mar, quando Mc 5,24 - Jesus foi com ele e
grande multidão o seguia, comprimindo-o. Mc 5,27 - Tendo ela ouvido falar de
Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. Mc 5,31 -
Responderam-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te comprime e perguntas:
Quem me tocou? Mc 6,34 - Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e
compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a
ensinar-lhes muitas coisas. Mc 8,1 - Naqueles dias, como fosse novamente
numerosa a multidão, enão tivessem o que comer, Jesus convocou os discípulos e
lhes disse: Mc 8,34 - Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus
discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a
sua cruz e siga-me. Mc 9,14 - Depois, aproximando-se dos discípulos, viu ao
redor deles grande multidão, e os escribas a discutir com eles. Mc 9,17 -
Respondeu um homem dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um
espírito mudo. Mc 10,46 - Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos
e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu,
que era cego, filho de Timeu. Mc 12,37 - Ora, se o próprio Davi o chama Senhor,
como então é ele seu filho? E a grande multidão ouvia-o com
satisfação.

Mas quase subitamente o entusiamo descai,as multidões afastam-se, ao encantamento e admiração segue sem demora a descrença,a indiferença,até o ódio.

O que sucedera ,então,se era o mesmo Jesus,terno,solicito,movido de compaixão pelas ovelhas sem pastor e sem pastagem,feridas ou tombadas pelas ravinas,já não sabendo o caminho de volta ao aprisco .


Porquê este absurdo da alma humana….recusar o Amor.. em mil provas concedido ?

Era chegada a hora dos lobos!

o lobo rouba e dispersa as ovelhas". (Jo 10,12)

06 fevereiro 2006

A cura da sogra de Pedro


Evangelho segundo S. Marcos 1,29

A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela. Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los

Tudo está dito nalgumas frases aparentemente breves e simples
. .
A simplicidade do relato,a grandeza do gesto,a entrega ao serviço.

A urgência dos neo-discipulos em falar a Jesus da doença daquela mulher e a confiança q Nele depositam q Ele a cure.

A presteza de Jesus a estender a mão e a proceder à cura.

A rapidez da mulher a agradecer como sabia fazer melhor:em serviço

Sem exaltações ou elogios….mas como é significante este gesto de amor,de paz e até de reconciliação…começava a Sua ardorosa campanha a favor da dignificação da mulher numa sociedade que a confinava a circuitos meramente procriacionais.

E a sogra de Pedro mostra-nos a melhor forma de retribuir o Amor que Deus nos dedica.

Não foi com objectos de cera amarelecendo nas paredes de santuários,nem com plaquetas de mármore sobre os altares,velas consumindo-se a esmo ,fios e grilhões de ouro ao pescoço das estatuas ou até com penitências rastejantes NÃO...ela indica-nos O SERVIÇO como a melhor forma de gratidão...e pelas palavras do Mestre a que mais agrada ao Seu coração!